Seja Benvindo, Meu Amigo Incendiário!

Seja benvindo à este fogaréu de sentimentalidades . Traga seu galhinho e juntos incendiaremos o mundo

domingo, 7 de novembro de 2010

Síntese

Para os textos,
ALMA

Para a dor,
CALMA

Para a essência,
AULA

Para sua atitude: 
P ... A ... L...  M ... A ... S ...



Sara Mazuco

Agonia



 
De cor reconheço o tambor
de todas as emoções
que desenharam-me a dor
Desconheço  a peçonha doentia;
Que em agonia consumiu nosso amor

E eu não tinha muito de tí
E tão menos desejava
Seu cheiro impregnava
todos os caminhos
pelos quais eu andava

Odiei meus sentidos
Excusos e obscenos;
Distintos Malditos;
Odiosos Benditos...

Do segredo, "Vidro!"
Da dor,  "Corte!"
De Todos, "Duvido"
Da Morte,  "Sorte"


Sara Mazuco

IN Finito


Mesma cama dispondo um sonho distinto
Mesma verdade mascarando um instinto
     Reluz em teus olhos falsos brilhantes!

Tua alma não vale o instante
em que propagas a inocente luz
de um amor que ainda sinto

Avalia agora a agonia
de uma verdade regada
dia após dia
pela hipocrisia

     Está escuro
        Não há mais dia!
  É o FIM
                                       
Sorria!




Sara Mazuco

Coquetel de Finas Especiarias


E não tinha nome porque  o silêncio primava pela quimera... ( Sara)

E minha era, representava uma Era inteira,
E quem eu era, representava minha Era inteira ( Luciano S. S.)

E não era uma era inteira ( segredo)    ...)

Mais meu corpo é blues e alcool
Dropo com o Tubarão o desejo da brisa   (Gordack)

Um voô futuro
No escuro, em cima do muro
Do absurdo, não juro (Villa Verde)

E não tendo nome a imagem se fez misteriosa,
meu coração perseguiu verdades a esmo
até encontrar a mim mesmo (tubarão)


Coquetel de Especiarias Finas

Poema Encravado


O poema encravado
não quer dar a cara
Mal-encarado
Mal- humorado
Não diz nem um "Olá!"

O poema encravado nem sempre é travado
Está só desligado 
num canto parado
Esperando um olhar

Acaso o cravo é o fato?
Não... É o traço do ato!
Eu faço da arte o liberato
É o picadeiro da alegria

Fato é que o poema nasce travado
E, de tão inseguro, morre ao fim do dia.



Tubarão, Villa Verde, Gordack e Sara Mazuco
(Composição em quadrilátera magnitude)

domingo, 31 de outubro de 2010

Palavras de Coisa Alguma


A dor dói


Isentando de algemas


Eis o poema!



Sara Mazuco

Surto Inocente


Com desalento surpreendo-me com o tempo!

Não há intento neste contexto,
exceto o breve sustento deste momento...

A paz se faz presente, exceto em minha mente...

Que ainda insiste nesta enchente 
trazendo-me a  morte, dia após dia,
Nesta vida ...
Nesta corrente...
Chamada "A GENTE"
 
Sara Mazuco

Homeopática Hipocrisia


De tanta vontade de sorrir,
acabei sem um dente que me alimente...

Onde será que foi parar
o bom humor desta gente?

Mais p'rá frente há quem invente 
menos agressão numa mente diferente



Sara Mazuco

Esqualidez


Não Fale disso comigo!
Sua aspereza me fere a alma
Não me conte suas angústias
para usá-las como mote de sua loucura!

Não credite à nós o que é teu por direito
Afinal, cultivastes furiosamente cada grão
Desde que aqui cheguei, nunca alimentei tua dor!

Não sinto mais fome... 
Não, Obrigada!

O que hoje te falta é tão somente a resposta
de que não fostes capaz de doar o mesmo à alguém
E se hoje recebes o pão que pelo Diabo foi pisoteado
Certamente o negastes a quem o mereceu no passado

Não sinto mais fome... Não, Obrigada!

Toda esta tua mágoa represada tem nome e sobrenome
Foi devidamente gerada e em cartório registrada
Sendo por tua insensatez alimentada

Não sinto mais fome... Não, Obrigada!

Se  hoje choras em tua cama quente
Acusando a quem tanto lhe ofertou
Relembres como tu, com tanto a doar, negaste o pão
a quem tanta fome a teu lado passou

Não sinto mais fome
Não, Obrigada!

Posso hoje continuar meu caminho
Ressaltando a mim mesma,
que apesar da forçada dieta,
Devo agradecê-lo com carinho

Me acostumei com a escassez desequilibrada
E hoje não sinto mais fome

Se quero alimentação?
Não, Obrigada!

Sara Mazuco




Mudo Mundo

 
Onde escondem-se os conceitos da razão?
Onde embriagam-se os médiuns acusadores?
Onde sonha hoje o profeta pessimista?
E suas pseudo-profecias? 
Onde foram escritas?
 
Nota-se um silêncio mórbido e sombrio
na retina de tantos pobres desavisados
E onde hoje mora o que antes não possuía lar,
repousa o corpo do medíocre após sua infâme batalha

Entrelaçam-se em olhares vazios e abstratos
Perdidos em suas falas antes tão vorazes
Carregam o peso maldito de suas desinências mortais

Suas almas ardem em azia logo após tão desejado banquete
E como que num consentimento universal,
Calam-se TODOS!

Resta então apenas a culpa intrínseca na alma dos ímpios,
Difundindo a idéia de que, cada vez mais,
Calam-se TODOS

Diante de uma incerteza que deu certo
Calam-se TODOS
 
Diante desta maldita profecia chamada SONHO
Calam-se TODOS
 
Diante deste maldito sonho chamado AMOR 
Calam-se TODOS
 
 
Sara Mazuco